sábado, 14 de fevereiro de 2015

5 Motivos para ler "A Batalha do Apocalipse" e "Filhos do Éden"

Para começar, gostaria de dizer que é possível encontrar resenhas dos livros do Eduardo Spohr em diversos sites e blogs por aí. A maioria das resenhas que eu li a respeito das obras dele falava muito bem da fluidez narrativa e da versatilidade dos personagens, dentre outras coisas. Há também alguns lugares onde é possível encontrar textos apontando oportunidades de melhoria e fazendo críticas construtivas, e é claro, endereços virtuais com textos que visam apenar depreciar o autor e atacá-lo diretamente, ao invés de abordar as obras do mesmo com olhar crítico e discernimento. Ossos do ofício, acredito eu. Faz parte, e é preciso saber lidar com isso, pois nem mesmo lendas como Tolkien e Cornwell agradaram a todos.

Portanto, resolvi não escrever uma resenha, mas uma lista com cinco motivos para você ler as obras deste autor. Claro que por essa abordagem já fica evidente que gosto e muito dos livros dele. Mas, mesmo sendo fã (#semprefuifã), tentei escrever usando mais a razão do que o coração, pois o objetivo não é dizer a vocês o quanto eu gosto do universo criado pelo autor, e sim explicar sucintamente os principais motivos pelos quais eu acredito que seja uma ótima ideia apostar em um de seus livros para sua próxima leitura.



Nota: as palavras abaixo expressam apenas o meu ponto de vista, portanto, não tenho como afirmar as verdadeiras preocupações e inspirações do autor.

1 - Não é "apenas" um universo sobre anjos e demônios.

Uma das principais qualidades de suas obras, ao meu ver, é a preocupação com os porquês. Percebe-se um claro esforço em ligar pontos e questionamentos que são inerentes a todos que se interessam por mitologia em geral. Unindo anjos e demônios à mitologia oriental, deuses nórdicos e  diversas outras criaturas e divindades de outras crenças espalhadas pelo globo, a obra é não somente versátil, mas dinâmica. Você pode acompanhar uma cena de luta entre um anjo celeste e uma divindade mitológica oriental, e alguns capítulos depois ser convidado a imergir num mundo de fadas célticas. E não, não pense que tudo isso é fruto de uma loucura incoerente do autor. Pois os pontos se conectam e as regras do universo são explicadas de maneira que não fique maçante ao leitor.

2 - O Brasil existe, por que negar?

Muitos autores já trabalharam em obras que mesclavam universos fantasiosos e criaturas lendárias com o nosso mundo atual e as regras da nossa realidade, mas o Brasil é pouco abordado na maioria das histórias. É claro que a Europa tem seu charme e o Japão é o palco dos samurais, mas não se esqueçam que nosso país também tem seu valor, tanto pelo seu povo quanto por suas belezas e cultura. Já estava na hora de ver nossas terras tendo alguma importância em um romance de proporções globais (nesse caso, universais). Alguns autores nacionais vêm conseguindo incluir o Brasil de maneira muito interessante em suas obras, e isso é excelente! E aquela cena logo no começo de ABdA, com os personagens na estátua do Cristo Redentor é simplesmente... bom, sem spoilers!

3 - Não é Preto no Branco

Se você gosta e consome conteúdo relacionado a anjos e demônios, você provavelmente já leu algum livro ou história em quadrinhos, assistiu algum filme ou série, ou mesmo compareceu a peças de teatro sobre o assunto. E você já deve ter as personas angélicas mais célebres bem sólidas em sua mente, certo? Miguel, com sua honra e coragem inabalável, Lúcifer, mesquinho e belo enquanto anjo, mas um horrendo monstrengo enquanto demônio. Bom, isso é normal, mas tente desconstruir um pouco alguns conceitos. Muito disso será visto, mas não pense nos personagens como se tudo fosse "Preto no Branco",  porque eles são muito mais profundos e tem muito mais a oferecer do que simples conceitos já previamente construídos e apresentados por outras mídias acerca do mesmo tipo de assunto.  

4 - As Cenas de Ação

Sei que nem todo mundo gosta de ler cenas de luta muito detalhadas. Eu, como bom fã de Cavaleiros do Zodíaco e outros animes, desenhos e filmes de ação, gosto muito desse tipo de cena, com golpes que tem nome e combates épicos, daqueles que deixam crateras enormes no chão e fazem reverberar o som estridente do metal de duas espadas místicas se chocando. Mas as cenas de ação destes livros não estão resumidas à pancadaria. Tem cenas de perseguição dignas de cinema, momentos de tensão envolvendo feitiçaria e suspense, e situações onde os personagens mal se movem, mas suas palavras cortam tanto quanto um duelo de espadachins, tão bem elaborados são os diálogos.

5 - Não se prende fielmente aos conceitos bíblicos e aos estudos de terceiros

É evidente que foi necessário muita pesquisa e estudo para se escrever tais livros, mas não pense que você vai encontrar uma releitura bíblica, apenas com cenas e tramas mais detalhadas. O autor teve sim preocupação em manter muitos conceitos importantes, mas ao mesmo tempo se deu a liberdade de criar todo um universo novo, com características específicas às castas angélicas, suposições plausíveis para catástrofes bíblicas, e outras coisas que fazem muito sentido dentro do universo criado pelo próprio autor. Ou seja, tudo foi explorado de modo que mesmo o "conhecido" pudesse trazer novidade, e a mitologia foi explorada de maneira muito fluída, facilitando a imersão, convidando o leitor a fazer parte daquele universo.

Bom, é isso, espero que gostem, e não deixem de apoiar os autores nacionais de fantasia, cada vez mais conhecidos tanto no cenário nacional, quanto no resto do globo.


See ya!

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